Nova regra de transição para a tributação de agrotóxicos em SC é proposta
Após reunião com entidades ligadas ao agronegócio catarinense, no último dia 21, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, propôs uma nova regra de transição para a tributação de agrotóxicos no Estado. Os produtos seguem isentos de ICMS até 31 de dezembro e, a partir de janeiro de 2020, o imposto passará a ser por grau de toxicidade. O objetivo é promover o uso consciente dos produtos na agricultura em função do seu potencial tóxico para o meio ambiente e a saúde pública.
A proposta é que os agrotóxicos sejam classificados em seis categorias, com variação na carga tributária de acordo com o grau de toxicidade. Os produtos extremamente tóxicos não teriam redução na base de cálculo e permanecerão na faixa vermelha, com 17% de ICMS. Já, os que são moderadamente tóxicos, inseridos na faixa amarela, terão 12%; na faixa azul, há os produtos pouco tóxicos, cuja carga tributária será de 7%, e os improváveis de causar dano agudo, com carga de 4,8%. Por fim, isentos de ICMS estarão os produtos biológicos e os bioinsumos, incluídos na faixa verde.
A classificação proposta pelo Governo do Estado se baseia na Resolução 2080 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 31 de julho de 2019, que dispõe a rotulagem de produtos químicos usados na agricultura. O texto será editado como uma Medida Provisória (MP), que será assinada digitalmente pelo governador nos próximos dias e terá validade retroativa a 1º de agosto.
As lideranças do agronegócio comemoraram a nova regra proposta pelo governo. “Nós conversamos entre nós, que representamos o setor primário de Santa Catarina, e concordamos com as ponderações que o governo colocou, porque nessa safra não vamos sentir nenhum revés. Será plantada nas mesmas condições anteriores. Por isso estamos saindo daqui satisfeitos, agradecendo essa compreensão do governo”, comentou José Zerefino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc).
Fonte: Sefaz/SC